Os acontecimentos em torno da guerra na Ucrânia mostram que o mundo irá enfrentar uma terceira guerra mundial. Contudo, em moldes muito diferentes daqueles que originaram os conflitos durante o século passado. O confronto militar dificilmente passará de Kiev devido à resistência dos ucranianos, mas porque a Rússia também não tem interesse em controlar o resto do país.
A intervenção de outros actores internacionais será feita através das pressões diplomáticas, sanções económicas e mesmo por ataques cibernéticos que não causam vítimas. O problema é que todas as acções terão consequências na ordem internacional que continua a vigorar, sendo que, a Europa será prejudicada por tudo aquilo que vier a ser decidido.
A Rússia não decidiu apenas atacar a Ucrânia porque o principal objectivo é causar desordem no Ocidente, nomeadamente em mudar o mapa da Europa, além de provocar o ambiente político. Contudo, também está nos planos de Moscovo manter uma guerra fria com os Estados Unidos. As eleições francesas são o primeiro teste à capacidade de resistência da democracia europeia, mas a vontade de Joe Biden em acabar com o regime liderado por Putin é um sinal de que as ambições estão a ser alcançadas.
Nos próximos meses haverá a intromissão de mais partes que estão interessadas em dar um rumo ao conflito, como a Turquia e a China. Ancara e Pequim já mostraram de que forma irão intervir, apesar dos sinais de neutralidade que Recep Tayyip Erdogan e Xi Jinping demonstraram.
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