A última cimeira da NATO correu de forma perfeita aos Estados Unidos porque os restantes aliados aceitaram aumentar a despesa em defesa para 5%. As exigências de Donald Trump foram cumpridas, mas o futuro da aliança pode continuar a estar comprometido.
A reunião que decorreu em Haia teve um ambiente semelhante às restantes, apesar da mudança politica na Casa Branca em Janeiro. As vozes discordantes, como Espanha e Alemanha, acabaram por ceder face ao poder de influência norte-americana. A Europa continua a ser vista como um aliado histórico de Washington, mas o actual Presidente norte-americano pode ficar à espera de mudanças políticas que permitam um diálogo mais fácil.
Neste momento em que existem inúmeros conflitos internacionais, os dois blocos que compõem o Ocidente prometem caminhar lado a lado, apesar de algumas divergências relativamente à guerra na Ucrânia e o que se passa no Médio-Oriente. No entanto, Trump está cada vez mais sensível para a questão ucraniana e nota-se a falta de paciência para com as decisões tomadas por Vladimir Putin.
A demonstração de união assinado por todos os membros da aliança pode ser quebrado pela vontade norte-americana de reorganizar a estrutura militar devido ao possível conflito com a China, mas também pelo que se passa no Médio-Oriente. Os países europeus nunca vão contribuir com a decisão norte-americana de utilizar a força militar para chatear Pequim ou tentar mudar o regime vigente no Irão.