terça-feira, 27 de maio de 2025

Os Estados Unidos culpam a África do Sul pela manutenção nos BRICS e o ataque contra Israel no TPI

 A recente visita do Presidente da África do Sul à Casa Branca demonstrou mais uma vez as intenções que Donald Trump pretende ter na política global. As questões de cortesia podem ficar para segundo plano, já que, existem outros assuntos que merecem ser analisados.

A África do Sul pertence aos BRICS, que também são compostos pelo Brasil, Rússia, Índia e China. O regime brasileiro não é amigável de Washington e Nova Deli celebrou recentes acordos com os norte-americanos. No entanto, Moscovo e Pequim são os principais adversários da influência dos americanos no resto do Mundo.

É verdade que se pode apontar todos os dedos ao Presidente norte-americano por comportamentos excessivos, sobretudo pela tentativa de transformar encontros diplomáticos em espectáculos públicos, mas existe uma leitura política por detrás do incidente com Cyril Ramaphosa na Sala Oval.

A estratégia dos Estados Unidos para fragilizar a Rússia e a China passa por intimidar alguns aliados como Johannesburg. Os BRICS não são uma organização forte do ponto de vista político, económico e militar, mas pode gerar consensos tendo em vista a concorrência com o mundo ocidental. 

O outro aspecto importante foi a decisão das autoridades sul-africanas de intentarem uma acção judicial no Tribunal Penal Internacional para condenar a invasão de Israel a Gaza como um genocídio. Washington não deve ter gostado e aproveitou uma oportunidade enviar um aviso. Contudo, Donald Trump entendeu que desta vez não deveria ter abordado os dois assuntos de forma directa. 

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