A falta de entendimento na terceira ronda de negociações entre a Rússia e a Ucrânia mostra que a guerra está muito longe de acabar, ao contrário do que pretendem Donald Trump e Recep Tayyip Erdogan. Neste momento, o único ponto positivo é mais uma troca de prisioneiros de guerra.
Desta vez nem foi preciso uma hora para mostrar que dificilmente será alcançado um acordo relativamente ao controlo do leste ucraniano, à soberania da Crimeia e se a Ucrânia pode ou não entrar na NATO e na União Europeia. O posicionamento da Rússia relativamente à Europa também deve ser debatido para evitar novos conflitos no futuro.
Perante a falta de diálogo é natural que não se coloque a hipótese de um cessar-fogo, que obviamente serviria para iniciar um caminho sobre as questões mais importantes. A Ucrânia continua a mostrar disponibilidade para acabar com os ataques em território russo com o objectivo de ganhar a confiança de Donald Trump, enquanto Moscovo assume uma posição de força que vai ser prejudicial no futuro.
Um encontro entre Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky também está fora de questão. Contudo, o líder ucraniano continua aberto à realização da única reunião que acabava com a guerra. O Presidente da Rússia entende que não tem de fazer cedências porque se encontra numa posição mais favorável, apesar de nunca ter conquistado Kiev.
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